quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Por Toda A Minha Vida

E aos poucos você vai sumindo, assim como teu cheiro, tuas lembranças, tua pele, tua roupa, tua voz, tua risada; não mais daqui a algum tempo hei de lembrar de tuas piadas nem dos detalhes de todos aqueles momentos bons, nem do cheiro do teu sexo, nem do jeito que me olhava sempre que nos víamos, nem do jeito que me chamava, que me acariciava
Hei de esquecer, aos poucos, como numa tortura dolorosa, todos os apelidos carinhosos que me dera, hei de esquecer o jeito que nossas mãos se tocavam, o jeito que nossos olhares se encontravam
Você devagar há de sumir, há de sumir, provavelmente não voltará; se Deus quiser, não voltará, todas as lembraças ficarão no passado, que é o lugar onde devem permanecer, o lugar que lhes pertence;
Não mais hei de chorar, hei de esquecer, como numa lenta cirurgia de esquecimento, de como tirar você de mim, como numa terapia, vou esquecer, devo esquecer
Pode ser que a saudade não desapareça, creio que jamais desaparecerá, mas toda a vontade de você, toda a vontade de te ver, de te ter, todas as nossas lembraças vão desaparecer, têm de desaparecer, vão desaparecer, assim como você uma vez o fez.

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