quarta-feira, 29 de junho de 2011

Quatrocentas vidas inteiras

No meu coração cabem mais de quatrocentas paixões. Amo-os todos, sem pudor ou piedade; guardo-os profundamente dentro de mim. Eles me consomem as veias, os brônquios, as glândulas sudoríparas. Eles me roubam a fome e o sono, estreitam meu coração e enlaçam meu intestino. Tiram-me de mim e, cruelmente, transportam-me a seus lugares de existência; lugares em que me perco com medo e piedade, mas nos quais, felizmente, encontro amor: puro. Simples. Em si.

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