Não há em mim dores insuportáveis: há paredes que se estreitam finitamente enquanto o tempo passa; me preenchem dores passadas que, à sua maneira, desabrocham em tempo presente - de uma forma nostálgica e dolorosa.
Sou a criação de mim mesma porque quase sempre andei sozinha. Sou as músicas e artistas que me encantam; sou a melodia e o ritmo de um violão.
Sou milhares em uma. Sou dores minhas e dores alternas; sou um poço de todas as cores e metros de escuridão, com algumas boas pitadas de pimenta baiana. Sou um quadro impressionista sem cores e, ao mesmo tempo, de um surrealismo em preto e branco. Me considero como o fim; mas devo ser o início.
Me falta ser algo que não compreendo por enquanto; me faltam uns pedaços extirpados - talvez pela genética, talvez pelo pretérito - e não me esclareço (e ainda não me esclareci) do que existe em mim.
No entanto - veja bem; preste atenção. Existem uns três pontos crescentes - cujos nomes não me vêm à mente - que, segundo meus profetas particulares, hão de ser talvez um início farto de um fim determinado - ao qual todos todos nós estamos fadados.
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