sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Terceiro

Chegaram apressados, com a boca seca e as mãos trêmulas de ansiedade e medo. Deixaram o carro tão rápido quanto se deixa um campo de batalha, subiram com passos corridos a escada e, depois de pouco procurar, encontraram o número que lhes foi dado: 123. Agarraram-se como animais famintos, expremendo-se contra a porta e sentindo seus sexos colados um no outro. Enquanto perdia-se nas curvas da menina, ele abriu desastrosamente a porta, levando-a pela cintura até a parede mais próxima. Fechou a porta com um braço e, com o outro, envolveu-lhe com mão forte a cintura, descendo os lábios pelas curvas daquele pescoço macio, com cheiro de menina mulher, enquanto ela arrancava-lhe os botões da blusa. Empurrou-a ainda vestida na cama e, ao encaixar seu corpo sobre o dela, tirou-lhe pelas costas a blusa branca de tecido macio que encobria as tão preciosas curvas daquela cintura tão jovem. Desceu sua boca aos arrebitados e belos seios como um filho faminto, enquanto a expressão da mulher deixava claro as pontadas de prazer que sentia. Ela se virou. Deslizou seu corpo sobre o dele até chegar na altura do cinto que segurava sua calça. Com mãos delicadas e precisas, desabotoou-lhe o cinto e a calça, tirando-a com gestos igualmente lentos. Olhando em seus olhos, agora incalculavelmente mais provocativos, bebeu o leite que há tanto tempo desejava e, deixando-lhe fazer o mesmo, chegou ao momento de gozo que, havia muito tempo, esperava. Sentiu o sexo dele chegando mais perto do seu. Gelou por uma fração de segundo, mas acabou por ceder à temperatura ambiente de seus desejos e somente sentiu um estalo rápido, mas doloroso. Não lhe escorreu nenhum sangue, somente foi invadida por um vai-e-vem feroz acompanhando da respiração ofegante do homem que, naquele momento, era seu. A partir disso, os dois perderam-se em si mesmos: eram dois humanos completamente distintos que, graças a um sentimento que lhes era comum, acabaram por tornar-se um só.

Nenhum comentário: