quinta-feira, 19 de março de 2009

Tibetan Freedom

Hoje vi um filme sobre o qual já tinha ouvido muito, "Sete Anos no Tibet". Apesar de já ter estudado o Imperialismo e conseqüentemente a dominação chinesa sob o país budista, não tinha me envolvido emocionalmente nem tomado conhecimento tão profundo da cultura tibetana. De uma sensibilidade imensa, o filme, que é baseado na autobiografia da personagem principal, Heinrich Harrer, mostra o quão rica e lúcida é a cultura teocêntrica do Tibet.
Marxista que sou, sempre critiquei muito a religião: já fui atéia, inclusive. Hoje em dia não sei definir esse meu campo, apesar de me questionar cotidianamente sobre a existência ou não de um deus.
Retomando o filme, além deste mostrar, como já disse, a imensa maturidade do povo Tibetano - que, por sinal, tem como uma de suas maiores virtudes a paz -, "Sete Anos no Tibet" me fez refletir sobre esse entrosamento entre culturas distintas, principalmente o ocidente com o oriente. Tornou-se perceptível no filme a diferença principal entre estes dois pólos mundiais: a preocupação com o espírito, com o ser. O ocidente, tomado pela ganância e pela supervalorização das capacidades humanas, esqueceu de olhar para o interior do homem. O oriente, por sua vez, valoriza o ser e o espírito acima de tudo: pouco importam os feitos grandiosos que se pode realizar, é necessário saber tornar grandioso mesmo o menor dos feitos.
No momento em que Heirinch chega ao Tibet e começa a cultivar uma amizade com o 14º Dalai Lama, Tenzin Gyatso, ocorre uma rica troca de culturas, experiências, conhecimento. Tenzin mostra saber muito bem conciliar a utilidade da cultura ocidental com a espiritualidade da cultura oriental. E, ao ensinar o ocidente ao jovem amigo, Heinrich sobretudo aprende com ele.
A história termina infelizmente com a ocupação da China comunista, pós IIª Guerra, no Tibet. A partir daí, inicia-se um período de genocídio e etnocídio vigente até os dias atuais. Deste modo, a própria ação imperialista da China ressalta mais uma vez uma das adversidades não só entre o oriente e ocidente, mas entre toda a humanidade: por ser budista, regido por um Estado Teocêntrico, o Tibet sofre as conseqüências da ganância cega, atéia da China comunista: não se aturam diferenças. Como certa vez o disse Otto em uma de suas músicas, eu repito: Free Tibet, para mim, é pessoal.

2 comentários:

Luana Dórea disse...

Adorei os textos do blog!
bjos!

subliterato disse...

tu ta q ta hein?! escrevendo pacas..
tb to tentando voltar com certo nível de compromisso.. só n pensei q a frase de saramagas fosse engulir meu texconsto..kk. mas ele eu deixo,, kk